Toda comunicação na fé é fruto da inspiração, é enraizada no dom criativo do Espírito Criador

Teologia da Comunicação

No Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil (Documento 99), material de formação criado pela CNBB em 2014 e reimpresso em 2018, são abordados todos os cenários sobre a comunicação na igreja, para que ela possa ser realizada com ética e de acordo com o valores cristãos nas mais variadas frentes, sempre com menções de estudos teológicos e bíblicos.

Com o documento 99, “as nossas comunidades, grupos, pessoas da comunicação têm à disposição um instrumento importante para exercerem a missão de anunciar a alegria e a vida nova no evangelho“, menciona a CNBB na introdução do material.

O ser humano tem a comunicação como vocação. É algo que nasce como dom de Deus. O Pai nos abençoa com a imaginação, talento, inteligência e criatividade artística e com toda essa bagagem nos tornamos comunicadores por excelência.

A vocação para a comunicação é acionada principalmente pelo dom da criatividade, que nos dá insight (aquela ideia que vem de repente) que possa transmitir mensagens criativas sempre buscando novas linguagens e tecnologias atuais que servirão de canais para a mensagem chegar até o público, no caso da Pascom, os fiéis das paróquias.

Saber transmitir a mensagem, para que ela seja compreendida de maneira clara e de acordo com o contexto, é a grande missão. Deus quando quis comunicar à Maria que ela seria a Mãe do Salvador, utilizou o Anjo Gabriel como instrumento da Boa-nova e assim somos nós, comunicadores paroquiais e agentes da Pascom, mensageiros como o Anjo Gabriel.

Outro exemplo de como comunicar temos do próprio Salvador.

Cristo criou uma linguagem simples e direta na comunicação do Reino de Deus às pessoas da época. Falando por meio de parábolas, aproximou-se de todos os públicos e, ao criar uma método criativo e único, Jesus tocou o coração das pessoas e revelou o amor do Pai à todos que ouviram suas mensagens.

Devemos comunicar e atrair pelo amor divino. Comunicar o amor divino é disseminar que a igreja (nossa paróquia) é o lugar central de encontro, da acolhida, dos eventos, das missas e das amizades. A comunicação deve ser a serviço da igreja, do padre, da caridade, das pastorais, expressando com criatividade e em vários canais (online e/ou offline) a missão evangelizadora da paróquia.

Como comunicadores, carregamos conosco a nossa experiência de vida pastoral. São João Paulo II, na Carta aos Artistas, define o perfil do comunicador como:

um artista da palavra, da imagem, do som, da dança, do teatro, do design, da criação artística em seu sentido maior. A comunicação não é simplesmente uma ação externa, técnica e sistemática. Toda comunicação na fé é fruto da inspiração, e sua natureza é enraizada no dom criativo do Espírito Criador que permeava, desde o início, a obra da criação.

Em resumo, a missão da Pascom é embasada em 3 etapas:

  1. A mensagem que deve ser comunicada;
  2. O meio que será veiculado;
  3. Como será comunicada? (Criatividade do Comunicador).

Nesse processo, a experiência, a vivência e a mística criativa do comunicador é o caminho pelo qual a mensagem chegará à todos da paróquia. Assim, carregamos a responsabilidade de levar a mensagem de Deus e de fazê-la ser entendida da melhor forma, utilizando inúmeros meios e ferramentas.

 

Marcelo Godoy
Publicitário Católico com Pós-graduação em Comunicação em Redes Sociais

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